Educação como direito dos bebês: atendimento, prioridade e acesso na Baixada Fluminense
DOI:
https://doi.org/10.26843/v13.n1.2020.843.p191-216Palavras-chave:
Bebês, Atendimento, Políticas Educacionais, DiscricionariedadeResumo
Este texto tem como objetivo apresentar uma pesquisa que investigou o atendimento educacional oferecido aos bebês menores de um ano nos municípios da Baixada Fluminense (RJ). Nesse estudo, os bebês são compreendidos como categoria social, a partir da condição de sujeito e pessoa, do lugar que eles ocupam nas políticas para Educação Infantil e da garantia do direito ao atendimento nos sistemas educacionais. O referencial teórico-metodológico se construiu no diálogo entre os estudos da Filosofia, Ciência Políticae Direito. Como conclusão, destaca-se que o atendimento educacional dos bebês menores de um ano é um direito não efetivado pela maior parte dos municípios da Baixada Fluminense- somente quatro, dos trezes municípios da região, realizam esse atendimento. A realidade desses quatro municípios foi analisada sob três aspectos: a indefinição sobre a idade inicial para o atendimento na creche, a falta de prioridade e os critérios para o acesso- o que torna o atendimento aos bebês discricionário. Os bebês ocupam o lugar de sujeitos nas e das políticas, porém ainda não podem ser considerados objetos dessas políticas.
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