O brincar e os contextos físicos escolares: uma reflexão sobre a educação infantil no Município de São Paulo

Autores

  • Fábio Xavier Santos Programa de Mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo
  • Ida Carneiro Martins Grupo de Pesquisa "Pedagogia do Movimento" da Universidade Nove de Julho ­ UNINOVE
  • Roberto Gimenez Professor e Pesquisador do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo.

DOI:

https://doi.org/10.26843/v12.n1.2019.690.p177-191

Palavras-chave:

Brincar, Educação Infantil, Espaço Físico, Escola

Resumo

Reconhecidamente, o brincar contribui para o desenvolvimento das crianças sob uma série de aspectos, incluindo suas dimensões cognitivas, afetivas e motoras. Em linhas gerais, percebe-se uma crescente valorização das instituições escolares em relação aos elementos lúdicos da aprendizagem. Todavia, nos grandes centros urbanos como é o caso da cidade de São Paulo, os espaços escolares destinados ao brincar foram drasticamente influenciados pela estrutura arquitetônica das escolas. Diante da necessidade de ampliação do número de vagas, as concessões oferecidas à iniciativa privada contribuíram para uma reconfiguração dos espaços escolares, uma vez que escolas de pequeno porte, grande parte das vezes, adaptadas a partir de casas térreos ou sobrados passaram a compor o quadro das instituições.  O presente artigo teve por objetivo discutir esta problemática, com especial atenção aos possíveis desdobramentos que ela apresenta sobre o desenvolvimento infantil. Nele são apresentados diversos olhares, sejam eles da antropologia, educação, medicina, arquitetura entre outros, sobre a importância do brincar. Também foi agregado ao estudo o amparo legal associado às dimensões do brincar no contexto escolar. Finalmente, são apresentadas implicações para a atuação do poder público e para o desenvolvimento de pesquisas sobre o referido tema.

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Biografia do Autor

Fábio Xavier Santos, Programa de Mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo

Aluno do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo.

Ida Carneiro Martins, Grupo de Pesquisa "Pedagogia do Movimento" da Universidade Nove de Julho ­ UNINOVE

Possui graduaça? o em Educaça? o Física pela Pontifícia Universidade Católica de Campinas ­ PUCCamp (1979), especializaça? o em Educaça? o Física Infantil pela Faculdades Integradas de Guarulhos ­ FIG (1982) e em Educaça? o Motora na Escola pela Universidade Estadual de Campinas ­ UNICAMP (1991), mestrado em Educaça? o Física pela Universidade Estadual de Campinas ­ UNICAMP (2002) na área de Pedagogia do Movimento e doutorado em Educaça? o na Universidade Metodista de Piracicaba ­ UNIMEP (2009) na área de Formaça? o de Professores. É membro pesquisadora doo grupo "Pedagogia do Movimento" da Universidade Nove de Julho ­ UNINOVE, desenvolvendo pesquisas relacionadas aos temas: práticas educativas na educaça? o básica; jogos e brincadeiras; educaça? o física escolar; formaça? o de professores.

Roberto Gimenez, Professor e Pesquisador do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo.

possui graduação em Bacharelado Em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1996), graduação em Licenciatura Em Educação Física pela Universidade de São Paulo (1998) e mestrado em Educação Física pela Universidade de São Paulo (2001) e Doutorado em Educação Física por esta mesma Universidade (2006). Atualmente é professor da Universidade Nove de Julho, professor e coordenador do curso de Educação Física da Universidade Cidade de São Paulo. Tem experiência na área de Educação Física, com ênfase em Comportamento Motor, atuando principalmente nos seguintes temas: educação física adaptada, comportamento motor,pessoas com síndrome de down, crianças com problemas de coordenação e educação física. Professor e Pesquisador do Programa de Mestrado em Educação da Universidade Cidade de São Paulo.

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Publicado

2019-01-03

Edição

Seção

Dossiê Temático: Corpo e Movimento na Educação Básica