O brincar e os contextos físicos escolares: uma reflexão sobre a educação infantil no Município de São Paulo
DOI:
https://doi.org/10.26843/v12.n1.2019.690.p177-191Palavras-chave:
Brincar, Educação Infantil, Espaço Físico, EscolaResumo
Reconhecidamente, o brincar contribui para o desenvolvimento das crianças sob uma série de aspectos, incluindo suas dimensões cognitivas, afetivas e motoras. Em linhas gerais, percebe-se uma crescente valorização das instituições escolares em relação aos elementos lúdicos da aprendizagem. Todavia, nos grandes centros urbanos como é o caso da cidade de São Paulo, os espaços escolares destinados ao brincar foram drasticamente influenciados pela estrutura arquitetônica das escolas. Diante da necessidade de ampliação do número de vagas, as concessões oferecidas à iniciativa privada contribuíram para uma reconfiguração dos espaços escolares, uma vez que escolas de pequeno porte, grande parte das vezes, adaptadas a partir de casas térreos ou sobrados passaram a compor o quadro das instituições. O presente artigo teve por objetivo discutir esta problemática, com especial atenção aos possíveis desdobramentos que ela apresenta sobre o desenvolvimento infantil. Nele são apresentados diversos olhares, sejam eles da antropologia, educação, medicina, arquitetura entre outros, sobre a importância do brincar. Também foi agregado ao estudo o amparo legal associado às dimensões do brincar no contexto escolar. Finalmente, são apresentadas implicações para a atuação do poder público e para o desenvolvimento de pesquisas sobre o referido tema.
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