Insurgência e resistência no pensamento freiriano: propostas para uma pedagogia decolonial e uma educação emancipatória
DOI:
https://doi.org/10.26843/v12.n1.2019.669.p24-32Palavras-chave:
Paulo Freire, Multiculturalismo e interculturalidade crítica, epistemologias contra-hegemônicas, Formação de professoresResumo
Tendo em consideração que o sistema educacional brasileiro é uma herança do modelo educativo colonial, o presente texto gira em torno do problema da colonização, da colonialidade educacional e da decolonialidade a partir dos princípios epistemológicos do pensamento freiriano e do pensamento pós-colonial. O objetivo geral do texto é analisar os princípios epistemológicos freirianos e do pensamento pós-colonial como propostas para uma formação de professores crítica e insurgente tendo em vista uma educação emancipatória e decolonial. Do ponto de vista metodológico, o texto tem um caráter ensaístico e bibliográfico, abrindo para uma dimensão empírica em estudos posteriores. No presente texto, pretendemos salientar e discutir as dimensões contra-hegemônicas do pensamento do patrono da educação brasileira a partir da Pedagogia do Oprimido e Pedagogia da autonomia, e estabelecer uma relação do seu pensamento com as epistemologias pós-coloniais, profundamente críticas em relação à epistemologia dominante (Quijano, Mignolo, Boaventura Santos, Catherine Walsh, Grosfoguel, Castro Gómez), produtoras de conhecimento em uma ótica de superação da colonialidade epistemológica e pedagógica, em oposição a uma epistemologia ocidentocêntrica, monocultural, que mantém a sua hegemonia no Brasil e nos países que foram submetidos a processos históricos de violência colonial. Defenderemos uma formação continuada de professores contra-hegemônica, resistente e que considere o professor como um sujeito político e transformador social, capaz de respeitar a multiculturalidade e promover a interculturalidade.
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Referências
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