Representações sociais de um grupo de alfabetizadoras pintadas em colcha de retalhos
DOI:
https://doi.org/10.26843/v11.n3.2018.601.p306-318Palavras-chave:
Representação Social, PNAIC, Formação DocenteResumo
Este artigo relata a análise da experiência realizada com um grupo de professoras alfabetizadoras da rede estadual paulistana, que participaram da formação continuada oferecida pelo Pacto Nacional pela Alfabetização na Idade Certa (PNAIC) em 2013. Em uma das atividades propostas, buscou-se incentivar lembranças da infância e cada professora pintou sua saudade do período de alfabetização, em retalho de tecido e a junção dos 25 retalhos, um de cada professora, quando costurados, formou a Colcha de Retalhos, que alinhavou saberes e experiências desse coletivo. As pinturas analisadas a partir de um roteiro com critérios pré-definidos permitiram uma observação orientada da produção das professoras. Assim, foi possível listar e analisar as imagens que cada uma traz e faz de si, compreendendo os elementos que permeiam as Representações Sociais sobre o período de alfabetização desse grupo de professoras. Uma colcha de retalhos que, geralmente, serve para cobrir, aqui desvelou relações tecidas pelas histórias de vida que se demonstraram carregadas de sentimentos e emoções guardadas de um tempo distante. A análise das saudades do período de alfabetização pintadas revela a ausência da figura humana do professor e também do espaço escolar, alguns elementos são fortemente representados e provocam reflexões no fazer docente.
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Referências
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