Auto(trans)formação docente: um estudo de caso com professores portugueses

Autores

  • Daniella Assemany Universidade Federal do Rio de Janeiro
  • Cecília Costa Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal

Palavras-chave:

educação matemática, auto(trans)formação docente, conexões matemáticas, insubordinação criativa

Resumo

Diante das normas estabelecidas no programa educacional de Portugal, oferecemos um curso de formação continuada para professores de atemática em que apresentamos propostas inovadoras baseadas em conexões matemáticas. Com o suporte teórico da Insubordinação Criativa, buscamos responder quais foram as contribuições deste curso para a auto(trans)formação docente e os elementos que possibilitaram a autoformação dos professores. Esta investigação constitui-se em um estudo de caso, no qual utilizamos os Círculos Dialógicos Investigativo-formativos como contexto de recolha de dados e a Análise de Conteúdo de forma subversivamente responsável para as categorias de transformação docente, como metodologia para examinar os dados da pesquisa. Alguns dos resultados mostraram que a conscientização dos professores quanto ao uso das conexões matemáticas permitia-lhes ações autônomas na sua docência.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Biografia do Autor

Daniella Assemany, Universidade Federal do Rio de Janeiro

Doutora em Ensino e Divulgação das Ciências, ênfase Educação Matemática pela Universidade do Porto, Portugal (UP). Professora do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (CAp-UFRJ), Docente Permanente do Mestrado Profissional para Professores de Matemática em Rede Nacional (PROFMAT/UFRJ) e Líder do Grupo de Estudos e Pesquisas em Insubordinação Criativa ? GEPIC/UFRJ.

Cecília Costa, Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal

Professora Auxiliar com Agregação em Didática de Ciências e Tecnologia na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal. Membro integrado do Centro de Investigação em Didática e Tecnologia na Formação de Formadores da Universidade de Aveiro, Portugal.

Referências

AMADO, João. Manual de investigação qualitativa em educação. Imprensa da Universidade de Coimbra, 2013

ASSEMANY, Daniella. Uma Proposta Metodológica para a Geometria Vetorial no Ensino Médio. Revista Multimédia de Investigação em Educação, vol. III, nº 2, 2017. Disponível em: http://sensos-e.ese.ipp.pt/?p=11918. Acesso em: 15/12/2020.

ASSEMANY, Daniella. Insubordinação criativa, auto(trans)formação docente e conexões matemáticas: engendrando saberes na autoformação de professores portugueses. Tese de doutorado. Faculdade de Ciências da Universidade do Porto, Portugal, 2020. Disponível em: https://hdl.handle.net/10216/126216. Acesso em: 15/12/2020.

ASSEMANY, Daniella; COSTA, Cecília; MACHIAVELO, António. Insubordinação criativa na formação contínua de professores de matemática portugueses. International Journal for Research in Mathematics Education, Sociedade Brasileira de Educação Matemática, vol. 10, nº 1, pp. 10-28, 2020. Disponível em: http://sbem.iuri0094.hospedagemdesites.ws/revista/index.php/ripem/article/view/2196. Acesso em: 15/12/2020.

BALL, Deborah; BASS, Hyman. Interweaving Content and Pedagogy in Teaching and Learning to Teach: Knowing and Using Mathematics. In BOALER, J. Multiple Perspectives on the Teaching and Learning of Mathematics (pp. 83-104). Westport, CT: Ablex, 2000.

BARBOSA, Jonei. Formatos Insubordinados de Dissertações e Teses na Educação Matemática. In D? AMBROSIO, B.; LOPES, C. Vertentes da Subversão na Produção Científica em Educação Matemática (p. 347-367).1a ed. Campinas, São Paulo: Mercado de Letras, 2015.

BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo (L. A. Reto & A. Pinheiro, Trad.). Lisboa: Edições 70, 1995. (Publicação original 1977).

BITTAR, Marilena. O Ensino de Vetores e os Registros de Representação Semiótica. In MACHADO, S. Aprendizagem em Matemática: Registros de Representação Semiótica (p. 71-94). 8.a ed. São Paulo: Ed. Papirus, 2013.

BRI? O, Gabriela. Eu, uma professora de matemática em jornada narrativa em busca de meus eus-professores em autoformação. Tese de Doutorado não publicada, Programa de Pós-Graduação em Educação Matemática ? Universidade Estadual Paulista. Rio Claro, Brasil, 2017.

BUSINSKAS Aldona. Conversations about connections: how secondary mathematics teachers conceptualize and contend with mathematical connections. Tese de Doutorado não publicada, Faculdade de Educação ? Universidade Simon Fraser. Burnaby, Canada, 2008.

CARREIRA, Susana. Conexões Matemáticas ? Ligar o que se foi desligando. Educação e Matemática, nº110, p. 13-18, 2010.

CAI, Jinfa ; DING, Meixia. On mathematical understanding: perspectives of experienced Chinese mathematics teachers. Journal of Mathematics Teacher Education, v. 20, nº. 1, p. 5-29, 2017.

CATTLEY, Georgina. Emergence of professional identity for the pre-service teacher. International Education Journal, v. 8, nº 2, p. 337-347, 2007.

COUTINHO, Clara; CHAVES, José. O estudo de caso na investigação em Tecnologia Educativa em Portugal. Revista Portuguesa de Educação, v. 15, no 1, p. 221-244. CIEd - Universidade do Minho, 2002. Disponível em: < https://repositorium.sdum.uminho.pt/retrieve/940/ClaraCoutinho.pdf>. Acesso em: 15/12/2020.

D? AMBROSIO, Beatriz; LOPES, Celi. Trajetórias profissionais de educadoras matemáticas. 1.a ed. Campinas, SP: Mercado de Letras, 2014.

D? AMBROSIO, Beatriz; LOPES, Celi. Insubordinação Criativa: um convite à reinvenção do educador matemático. Bolema, v. 29, nº. 51, p. 1-17, 2015.

DUVAL, Raymond. Registros de Representação Semiótica e Funcionamento Cognitivo da Compreensão em Matemática. In: MACHADO, S. Aprendizagem em Matemática: Registros de Representação Semiótica (p. 11-33). São Paulo, Brasil. Ed. Papirus, 8ª ed (1a reimpressão), 2013.

ELI, Jennifer, MOHR-SCHROEDER, Margaret; LEE, Carl. Exploring mathematical connections of prospective middle-grades teachers through card-sorting tasks. Mathematics Education Research Group of Australasia, v. 23, nº. 3, p. 297-319, 2011.

FIORENTINI, Dario. Desenvolvimento profissional e comunidades investigativas. In DALBEN, A. et. al. (Eds.), Encontro Nacional de Didática e Prática de Ensino Convergências e Tensões no Campo da Formação e do Trabalho Docente: Políticas e Práticas Educacionais (p. 570-590). Belo Horizonte: Autêntica, 2010.

FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introdução ao pensamento de Paulo Freire. São Paulo: Cortez & Moraes. 1979.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25a. ed. São Paulo: Paz e Terra. 2002.

FRIEDLANDER, Alex; TABACH, Michal. Promoting multiple representations in algebra. In CUOCO, A; F. CURCIO, F. The roles of representation in school mathematics (p. 173-185). Reston, VA: NCTM, 2001.

GAFANHOTO, Ana Patrícia; CANAVARRO, Ana Paula. A adaptação das tarefas matemáticas: Como promover o uso de múltiplas representações. In: PONTE, J. Práticas Profissionais dos Professores de Matemática (p. 113-132). Lisboa. Edição: Instituto de Educação da Universidade de Lisboa, 2014.

GALVANI, P. A Autoformação, uma perspectiva transpessoal, transdisciplinar e transcultural. In: SOMMERMAN, A.; MELLO, M.; BARROS, V. Educação e transdisciplinaridade II (p. 95-121). São Paulo: TRIOM, 2002

GUTI? RREZ, Rochelle. Mathematics teachers using creative insubordination to advocate for student understanding and robust mathematical identities. In: MARTINEZ, M.; SUPERFINE, A. Proceedings of the 35th annual meeting of the North American Chapter of the International Group for the Psychology of Mathematics Education (p. 1248-1251). Chicago, IL: University of Illinois at Chicago, 2013.

GUTI? RREZ, Rochelle. Political Conocimiento for Teaching Mathematics: Why Teachers Need It and How to Develop It. In KASTBERG, S. et. al. Building Support for Scholarly Practices in Mathematics Methods (p. 11-37). Information Age Publishing: Charlotte, NC, 2018.

HENZ, Celso. Círculos Dialógicos Investigativo-formativos e Auto(Trans)Formação Permanente de Professores. In: C. HENZ, C.; TONIOLO, J. Dialogus: Círculos Dialógicos, Humanização E Auto(Trans)Formação De Professores (p. 17-28). São Leopoldo: Oikos, 2015.

HENZ, Celso; FREITAS, Larissa. Círculos Dialógicos Investigativo-Formativos: Uma Proposta Epistemológico-Política De Pesquisa. In: C. HENZ, C.; TONIOLO, J. Dialogus: Círculos Dialógicos, Humanização E Auto(Trans)Formação De Professores (p. 49-70). São Leopoldo: Oikos, 2015.

HIEBERT, James; CARPENTER, Thomas. Learning and teaching with understanding. In GROUWS, D. Handbook of research on mathematics teaching and learning (p. 65-97). New York: Macmillan, 1992.

HOLLAND, Dorothy; SKINNER, Debra; LACHICOTTE, William; CAIN, Carole. Identity and agency in cultural worlds. Cambridge: Harvard University Press, 1998.

HUTCHINSON, Sally. Responsible subversion: A study of rule-bending among nurses. Scholarly Inquiry for Nursing Practice An International Journal, v. 4, nº 1, p. 3-17, 1990.

JOSSO, Marie-Christine. A transformação de si a partir da narração de histórias de vida. Educação, v. 3, nº 63, p. 413-438, 2007.

LARROSA, Jorge. Notas sobre a experiência e o saber da experiência. Revista Brasileira de Educação, v. 19, p. 20-28, 2002.

LOPES, Celi; D'AMBROSIO, Beatriz. Professional development shaping teacher agency and creative insubordination. Ciência & Educação (Bauru), v. 22, nº 4, p. 1085-1095, 2016.

MERRIAM, Sharan. Qualitative Research and Case Studies Applications in Education: Revised and Expanded from Case Study Research in Education, San Francisco: Jossey-Bass Publishers, 1998.

MINIST? RIO DA EDUCA? ? O E CI? NCIA ? MEC (2012). Programa e Metas Curriculares de Matemática A ? Ensino Secundário. Lisboa: Direção Geral de Educação, 2012.

NATIONAL COUNCIL OF TEACHERS OF MATHEMATICS [NCTM]. Principles and standards for school mathematics. Reston: NCTM, 2000.

PONTE, João Pedro. Gestão curricular em Matemática. In GTI. O professor e o desenvolvimento curricular (p. 11-34). Lisboa: APM, 2005.

POWELL, Arthur. Construção Colaborativa do Conhecimento Tecnológico, Pedagógico e do Conteúdo de Professores de Matemática. Boletim do Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação Matemática, 64, 2014. Disponível em <http://dx.doi.org/10.4322/gepem.2015.007>. ? ltimo acesso em 15/12/2020.

SACHS, Judyth. Teacher professional identity: competing discourses, competing outcomes. Journal of Education Policy, v. 16, nº 2, p.149-161, 2001.

SANTOS, Patricia. Mapeamento de produções científicas brasileiras que utilizam o termo insubordinação criativa e/ou subversão responsável. Revista de Ensino de Ciências e Matemática, v. 8, nº 4, p. 214-227, 2017.

SCH? N, Donald. Educando o profissional reflexivo: um novo design para o ensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

SKOVSMOSE, Ole. An Invitation to Critical Mathematics Education. Rotterdam: Sense Publishers, 2011.

STAKE, Robert. A arte da investigação com estudos de caso. (A. M. Chaves, Trad.). Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. (Publicação original 1995), 2016.

WENGER, ? tienne. (2001). Comunidades de práctica: aprendizaje, significado e identidad (Original in English, 1998). Barcelona: Paidós, 2001.

YIN, Robert. Case Study Research: Design and Methods (2.a ed). Thousand Oaks, CA: SAGE Publications, 1994.

Downloads

Publicado

2021-01-26

Edição

Seção

Dossiê: A mobilização do conceito de insubordinação criativa nas pesquisas em educação