Avaliação da relação do desvio de septo com a obstrução do ducto nasolacrimal pela tomografia computadorizada helicoidal

Autores

  • Daniela Signorelli Nunes Silva Universidade Municipal de São Caetano do Sul
  • Rodrigo de Andrade Rufino Universidade Cidade São Paulo - UNICID
  • Maria José A P S Tucunduva Universidade Cidade São Paulo - UNICID

DOI:

https://doi.org/10.26843/ro_unicidv3012018p47-53

Palavras-chave:

Ducto nasolacrimal, Septo nasal, Tomografia computadorizada espiral

Resumo

O ducto nasolacrimal é um canal que tem início na porção medial anterior do assoalho da órbita e que deságua na cavidade nasal, no meato inferior. Por meio desse ducto a lágrima é recolhida e drenada da órbita para a cavidade nasal. A obstrução do ducto nasolacrimal pode apresentar diferentes etiologias, podendo ser doenças ou alterações anatômicas. Alterações no padrão de normalidade da relação entre o ducto nasolacrimal e o septo podem favorecer a obstrução do ducto. Com isso, faz-se necessário avaliar a distância normal entre o septo nasal e o ducto nasolacrimal, por meio de tomografia computadorizada de modo a conhecermos o padrão de distância comumente encontrado e analisar alterações desse padrão e a contribuição do desvio que possam levar à perda da saúde nessa região. Neste trabalho, foi utilizada uma amostra contendo 51 exames de tomografia computadorizada helicoidal da face, de ambos os gêneros, sendo 22 homens (43,13%), faixa etária entre 18 e 96 anos, e 29 mulheres (56,87%), faixa etária entre 20 e 73 anos. A análise das imagens foi feita em duas alturas, sendo a primeira ao nível da órbita e a segunda ao nível da raiz da concha nasal inferior e, então, foram mensurados, pelo programa Microdicon®, o comprimento e a largura do canal nasolacrimal e sua distância ao septo nasal. Em seguida, sofreram tratamento estatístico com técnicas não paramétricas. Devido ao desvio de septo das amostras, as distâncias entre o ducto nasolacrimal e o septo nas duas alturas apresentaram discrepância entre os valores. E a largura na altura da concha nasal inferior também apresentou discrepância, entretanto o valor de p foi 0,51, sugerindo que o resultado seja consequência do acaso. Com isso, não obtivemos resultados que possam correlacionar as dimensões do canal nasolacrimal com a direção do desvio do septo e a obstrução do ducto.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

MOORE KL, Dalley AF, Agur AMR. Anatomia orientada para a clínica. 7. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2014. 2. JUNQUEIRA LC, Carneiro J. Histologia básica. 12. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan; 2013. 3. NAVARRO Pde L, Machado Junior AJ, Crespo AN. Evaluation of the lacrimal recess of the maxillary sinus: an anatomical study. Braz J Otorhinolaryngol 2013 Jan-Feb;79(1):35-8. 4. SARDINHA M, Nunes T, Santo R, Matayoshi S. Dacriocistite crônica secundária a sarcoidose: relato de caso. Arq Bras Oftalmol 2004 out;67(5):827-30. 5. CARVALHO BV, Lopes ICC, Corrêa JB, Ramos LFM, Motta EGPC, Diniz RLFC. Apresentações típicas e atípicas de mucocele dos seios paranasais na tomografia computadorizada. Radiol Bras 2013 dez;46(6):372-5. 6. DORES LA, Marques MC, Agostinho S, Simão MA, Santos A, Dias ? , et al. Mucocelos dos seios perinasais: Considerações em cinco casos clínicos. Rev Portuguesa Otorrinolaringologia

Cirurgia Cérvico-Facial 2012 50(2):6. 7. MARQUES MC, Simão MA, Santos A, Macor C, Dias ? , Andrea M. Análise da anatomia do recesso frontal em tomografia computorizada: Estudo de 50 doentes. Rev Portuguesa Otorrinolaringologia Cirurgia Cérvico-Facial 2011 49(1):6. 8. LOUREN? O EA. Obstrução nasal: valorize este sintoma e conheça a orientação terapêutica. Perspectivas Médicas 2006 jan-dez;17(1):42-4. 9. BOLZAN JD, Tucunduva MJAPS. Estudo radiográfico da cavidade nasal e dos seios paranasais e suas variações. Scien Health 2012 jan-abr ;3(1):23-31. 10. BULBUL E, Yazici A, Yanik B, Yazici H, Demirpolat G. Morphometric evaluation of bony nasolacrimal canal in a caucasian population with primary acquired nasolacrimal duct

obstruction: a multidetector computed tomography study. Korean J Radiol 2016 Mar-Apr;17(2):271-6.

Downloads

Publicado

2018-10-02

Edição

Seção

Artigos originais / Original Articles