Lado preferido da mastigação. Acaso ou oclusão?

Autores

  • Maitê André Camargo FO/USP
  • Alessandra Christine Santana UNIBAN
  • Antonio Alberto de Cara FO/USP
  • Maria Inez Roda FO/USP
  • Rodrigo Otávio Di Nápoli Melo FO/USP
  • Savério Mandetta FOUSP
  • Claudia Inês Capp FOUSP

DOI:

https://doi.org/10.26843/ro_unicid.v20i1.612

Palavras-chave:

Oclusão dentária, Mastigação.

Resumo

A atividade mastigatória é extremamente complexa. Envolve movimentos rítmicos da mandíbula, sob controle do sistema nervoso central e modulações de impulsos sensoriais periféricos, com a finalidade de trituração do alimento preparando-o para a deglutição. O posicionamento dos dentes nos arcos e o relacionamento funcional das faces oclusais antagonistas são extremamente importantes no desempenho dessa atividade. Pode-se supor, portanto, que eventuais desarmonias oclusais possam interferir negativamente no funcionamento adequado do sistema mastigatório. O presente trabalho objetiva realizar uma revisão da literatura a respeito da fisiologia da mastigação e o efeito das desarmonias oclusais sobre um importante aspecto funcional, o lado preferido de mastigação. A maioria dos autores pesquisados considera que desarmonias oclusais alteram os padrões de normalidade na função mastigatória. A preferência por determinado lado de mastigação parece ter relação direta com a melhor qualidade de relacionamento oclusal no referido lado. Não obstante, em alguns casos, pode existir uma adaptação funcional às desarmonias oclusais, possibilitando que a mastigação seja realizada sem inconveniências, através de mecanismos compensatórios.

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Referências

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Publicado

2018-04-11

Edição

Seção

Relato de caso / Case report