Saúde bucal e qualidade de vida dos idosos
DOI:
https://doi.org/10.26843/ro_unicid.v22i2.407Palavras-chave:
Saúde bucal ? ? Qualidade de vida, Perfil de impacto da doença, Saúde do idoso.Resumo
Introdução: A população brasileira vem envelhecendo de forma rápida desde o início da década de 60, quando a estrutura etária da população começou a ser alterada. Em 1996 apenas 5% da população tinham 60 anos ou mais, enquanto que em 2020 é estimado que 9% da população serão de idosos. (Silva et al., 2000). O objetivo deste estudo é avaliar condições de saúde bucal dos idosos que residem na Vila dos Idosos, coletando informações sobre sua condição de vida, e tentando correlacionar o quanto a saúde bucal pode comprometer a qualidade de vida e autonomia desses idosos. Métodos: A coleta de dados foi ralizada por meio de questionários e exame clínico; foram entrevistados idosos acima de 60 anos, de ambos os sexos. Todas as entrevistas foram realizadas na própria Vila dos Idosos. Resultados: Os resultados mostram que a perda dentária ou o uso de próteses inadequadas implicam impactos negativos na qualidade de vida, especialmente no que se refere à preocupação, estresse decorrente de problemas na boca e à vergonha. Obteve-se na pesquisa que, de maneira geral, a saúde bucal em idosos encontra-se frágil, necessitando de maior atenção dos profissionais da área de saúde; entretanto, quando é analisada a autopercepção de saúde bucal a grande maioria avalia como muito boa ou boa. Conclusão: O achado mais importante do estudo foi que, apesar dos dados obtidos indicarem uma saúde bucal frágil que revela um comprometimento com a qualidade de vida, a grande maioria dos idosos avaliou positivamente a própria saúde. Isso talvez possa indicar que, para essa população, a saúde bucal está dissociada da saúde.Downloads
Referências
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