Estudo imaginológico de um caso de angina de Ludwig
DOI:
https://doi.org/10.26843/ro_unicid.v25i2.331Palavras-chave:
Angina de Ludwig, Ultrassonografia, Tomografia computadorizada.Resumo
As fáscias cervicais consistem em três lâminas: superficial, pré-traqueal e pré-vertebral. Elas sustentam vísceras, músculos, vasos e linfonodos profundos. Além disso, formam planos de clivagem naturais pelos quais os tecidos podem ser separados durante um procedimento cirúrgico e limitam a disseminação de processos infecciosos, como abscessos e/ou celulite profunda1 . Um padrão de celulite é a angina de Ludwig (AL), que se desenvolve como extensão de uma infecção aguda de um molar inferior em cerca de 70% dos casos2 . Assim que a infecção penetra no espaço submandibular, pode se estender para o espaço faríngeo lateral e, posteriormente, ao espaço retrofaríngeo, podendo resultar em extensões graves. Pode causar mediastinite descendente necrosante (MDN), que representa uma forma grave e rara de infecção, que exige diagnóstico precoce e tratamento cirúrgico para reduzir a mortalidade associada à doença3 . O diagnóstico é baseado em exames clínicos e imaginológicos buscando determinar a severidade da infecção4 . A ultrassonografia pode demonstrar a presença de coleções e infiltrações locais precocemente, o que facilita o diagnóstico. Os exames por tomografia computadorizada indicam a extensão da lesão, o comprometimento das vias aéreas e a presença de gases entremeados nos tecidos musculares. Pode-se avaliar o grau de comprometimento da região torácica quando afetada.Downloads
Referências
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