Necessidade de tratamento odontológico e perfil de crianças atendidas na clínica de Odontopediatria de uma instituição de ensino superior do Rio de Janeiro

Autores

  • Eduarda Mendes Uchôa Universidade Veiga de Almeida (UVA)
  • Lucia Helena Raymundo de Andrade Universidade Veiga de Almeida (UVA)
  • Andrea Graciene Lopez Ramos Valente Universidade Veiga de Almeida (UVA)
  • Patricia Nivoloni Tannure Universidade Veiga de Almeida (UVA)

DOI:

https://doi.org/10.26843/ro_unicid.v26i2.299

Palavras-chave:

Serviços de saúde bucal, Odontopediatria, Determinação de necessidades de cuidados de saúde.

Resumo

O objetivo deste estudo é avaliar as necessidades de tratamento odontológico e conhecer o perfi l de crianças que buscavam pela primeira vez atendimento em uma Clínica de Odontopediatria de uma instituição de ensino superior do Rio de Janeiro. Foram avaliados prontuários de pacientes que procuraram atendimento odontológico no período de fevereiro de 2010 a julho de 2011. Somente pacientes que buscavam tratamento pela primeira vez foram incluídos no estudo. Foram coletados dados sócio-demográfi cos, história médica, motivo da primeira consulta, presença de hábitos parafuncionais, dieta alimentar, hábitos de higiene oral e as necessidades de tratamento. De um total de 142 crianças que receberam atendimento no período avaliado, 83 delas procuraram atendimento pela primeira vez e amostra fi nal foi composta por 73 prontuários. A faixa etária dos pacientes variou de 3 a 13 anos, sendo 50,7% do sexo masculino e saudável 76,7%. A maioria dos pacientes já havia recebido orientações sobre hábitos de higiene bucal por profi ssionais da saúde e educadores (46,5%). Em relação aos hábitos alimentares, 65,8% consumiam doces entre as refeições. Dentre as necessidades de tratamento, destacou-se a restauradora (54,8%), seguida de exodontias (28,8%). Quando avaliada uma possível relação entre a necessidade de tratamento odontológico e hábitos alimentares não foi observada associação signifi cativa (p>0,05). Não houve associação positiva entre hábitos bucais viciosos e necessidade de tratamento ortodôntico (p = 0,693). Diante dos resultados obtidos, conclui-se que pacientes que buscaram atendimento apresentaram um alto nível de doenças bucais não tratadas. Recomenda-se a realização de programas efi cazes de educação com relação à saúde bucal para crianças e seus cuidadores. Sugere-se um treinamento do corpo discente na orientação e motivação desses pacientes

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Publicado

2017-11-28

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Seção

Artigos originais / Original Articles