Baixo nível de ansiedade dos pacientes atendidos no curso de odontologia de uma instituição de ensino superior

Autores

  • Luciano Teles Universidade Veiga de Almeida (UVA)
  • Luis Felipe Jochims Schneider Universidade Veiga de Almeida (UVA)
  • Dionísia Cataldo Universidade Veiga de Almeida (UVA)
  • Mayra Cardoso Universidade Veiga de Almeida (UVA)
  • Patricia Nivoloni Tannure Universidade Veiga de Almeida (UVA)

DOI:

https://doi.org/10.26843/ro_unicid.v28i1.228

Palavras-chave:

Ansiedade ao tratamento odontológico, Assistência odontológica, Estresse psicológico.

Resumo

Apesar de benéfico, o tratamento odontológico pode gerar ansiedade para o paciente e para o cirurgião-dentista. Se verificada além de um limite aceitável, a ansiedade pode impedir que o paciente se submeta ao tratamento, comprometendo sua qualidade de vida. Diante da relevância do assunto, objetivou-se avaliar o perfil dos pacientes atendidos nas clínicas odontológicas de uma instituição de ensino e seu nível de ansiedade diante do tratamento odontológico. Foram entrevistados 133 pacientes em tratamento nas clínicas integradas e do mestrado da Universidade Veiga de Almeida, entre março e outubro de 2015. Os pacientes responderam a um questionário com dados socioeconômicos e questões específicas para a identificação do grau de ansiedade ao tratamento odontológico, utilizando a escala DAS (Dental Anxiety Scale). A amostra foi composta de maneira equivalente por homens e mulheres, a maioria tinha mais que 45 anos (51,1%), com renda de até 5 salários mínimos (66,9%) e com grau de instrução superior (56,4%). Embora 88,7% tenham relatado algum nível de ansiedade, este foi considerado baixo. Não houve diferença estatística entre o grau de ansiedade de homens e mulheres (p=0,458). Não se observou associação entre idade, gênero, renda, grau de instrução, frequência de ida ao dentista e o nível de ansiedade (p>0,05). Houve uma associação significativa (p=0,015) entre procedimentos que incomodam durante a consulta, como a alta rotação e a anestesia, e os níveis de ansiedade observados. Pode-se concluir que o nível de ansiedade dos pacientes atendidos foi considerado baixo; entretanto mostrou uma associação positiva com procedimentos como a alta rotação e a anestesia.

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Publicado

2016-01-01

Edição

Seção

Artigos originais / Original Articles