Violência contra crianças e adolescentes: conhecimentos dos odontopediatras da capital paraibana

Autores

  • Carlus Alberto Oliveira dos Santos Centro Universitário de João Pessoa
  • Mariana Cavalcanti Lacerda Centro Universitário de João Pessoa
  • Aparecida Tharlla Leite Caldas Centro Universitário de João Pessoa
  • Ingrid Nascimento Navarro de Souza Centro universitário de João Pessoa
  • Silmara Andrade Silva Centro universitário de João Pessoa
  • Cristiane Araújo Maia Silva Centro Universitário de João Pessoa
  • Eliane Batista de Medeiros Serpa Centro Universitário de João Pessoa
  • Fernanda de Araújo Trigueiro Campos Centro Universitário de João Pessoa

DOI:

https://doi.org/10.26843/ro_unicid.v28i3.206

Palavras-chave:

Maus-tratos infantis, Violência, Odontologia, Odontopediatria.

Resumo

Introdução: O Cirurgião-Dentista tem a obrigação ética e legal na identificação/notificação dos casos de maus-tratos. Objetivo: Objetivou-se com esse estudo analisar o conhecimento dos Odontopediatras da cidade de João Pessoa-PB sobre maus-tratos infantis. Tratou-se de um estudo quantitativo, exploratório, bibliográfico e descritivo. O universo dessa pesquisa compreendeu 44 Cirurgiões-Dentistas regularmente inscritos no Conselho Regional de Odontologia da Paraíba, com especialidade em Odontopediatria, em qualquer faixa etária de ambos os sexos. Para realização do calculo amostral foi considerado grau de confiança de 95%, ficando uma amostra de 40 Odontopediatras. Métodos: Aplicou-se um questionário com 11 questões que atendiam aos objetivos da pesquisa. Os dados coletados foram tabulados em uma plataforma do Microsoft Excel e analisados mediante estatística descritiva (valores de frequência absoluta e percentual) no software IBM SPSS (21.0). Resultados: A maioria dos profissionais é do sexo feminino (93,5%) e 48,39% têm mais que a 4a década de vida. 51,61% definiram maus-tratos infantis de forma incompleta, 51,6% classificaram de forma completa, conforme a Associação Brasileira Multiprofissional de Proteção à Infância e à Adolescência; os sinais/sintomas bucais mais citados foram fraturas dentárias (41,07%), queimaduras (21,43%), lacerações (14,29%) e hematomas (12,5%); já os sinais/sintomas corporais mais citados foram hematomas (35,6%), queimaduras (20,34%), fraturas (15,25%) e lacerações (10,17%). A maioria dos pesquisados relatou saber agir diante de casos de maus-tratos (93,5%), entre eles 76,92% denunciariam ao conselho tutelar e 54,8% demonstram interesse em capacitação. Conclusão: De forma geral, houve conhecimento parcialmente satisfatório dos Odontopediatras inscritos no CRO-PB sobre maus-tratos infantis.

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Publicado

2017-11-14

Edição

Seção

Artigos originais / Original Articles