Para uma política educativa que seja capaz de se pensar e renovar: os maiores de 23
DOI:
https://doi.org/10.26843/v12.n3.2019.768.p170-193Palavras-chave:
, Ensino Superior, Política de Acesso, Processo Maiores 23, Inclusão.Resumo
As universidades têm funcionado segundo um modelo seletivo, em que predomina a competição e exclusão. Com o advento das sociedades democráticas e com a crítica às desigualdades de oportunidades tem-se vindo a alterar os obstáculos de acesso à universidade. Neste sentido colocámos as seguintes perguntas de partida: Em que medida a universidade se abriu a novos públicos, integrando quem estava excluído num processo que preconiza a mudança social? Qual é o impacto que a atual política de acesso à universidade tem nos estudantes que acedem à universidade? Como objetivo axial para o nosso trabalho definimos: Discutir as políticas de acesso à universidade. Para darmos resposta a esta questão, estruturámos o trabalho em duas dimensões: 1ª dimensão: Análise das políticas educativas. Para o efeito escolhemos como fontes o quadro legislativo. O critério de análise foram as medidas que expressem uma maior abertura (democratização) do acesso ao ensino superior. 2ª dimensão: Impacto na população. Para o efeito escolhemos uma amostra por conveniência (12 alunos) e utilizámos como técnica de pesquisa a entrevista para verificarmos o efeito positivo/negativo na população visada. Como conclusão podemos dizer que o Estado tem vindo a desenvolver políticas que diminuem as grandes desigualdades de oportunidades e vem possibilitar aos alunos que outrora eram marginalizados consigam prosseguir os estudos. A expansão foi necessária, mas só por si não garante a democratização que se pretende.
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