Reforma universitária e as implicações para a formação do pedagogo: o que propõem as DCN/2006

Autores

  • Marilde Queiroz Guedes
  • Leda Maria de Oliveira Rodrigues

DOI:

https://doi.org/10.26843/v2.n1.2009.536.p66%20-%2078

Palavras-chave:

Reforma pedagógica, Universidades privadas, Formação do pedagogo, democratização da educação, Mercadoria-educação.

Resumo

Resumo

Neste texto, apresentamos várias questões referentes à reforma da educação superior, para focar a Reestruturação do Curso de Pedagogia. A política de formação defendida pelo mercado exige nova qualificação para o profissional de educação polivalente, com competência técnica para atuar em diferentes funções em docência, gestão e pesquisa. Diante dessa realidade, questiona-se qual o perfil profissional do pedagogo que as diretrizes pretendem formar? Que currículo dará conta de tamanha abordagem, em um curso que terá a carga horária de 3.200 horas? Até que ponto os cursos ministrados por várias instituições privadas, que organizam os currículos de formação de professores sob a lógica de mercado, garantem um profissional com esse perfil? Conclui-se que os discursos eloquentes sobre a democratização, e a importância da educação para o desenvolvimento social e econômico do País, esvaziam-se diante da prática efetiva, não passam de propostas, debates e embates.

Palavras-chave: Reforma pedagógica; Universidades privadas; Formação do pedagogo; Democratização da educação; Mercadoria-educação. 

Abstract

This article presents different questions concerned to the university education restructuring, in charge to focus on the Pedagogy course restructuration. The politics of formation defended by the market, which request professors with a new profile and qualifications able to answer to the new demands of a polyvalence technical capability, which can act in different functions in the teaching, management and research. Considering this situation, it is important to ask witch profile those standards aim to rise? A 3.200 hours course curriculum can handle those demands? Are the professor

Downloads

Não há dados estatísticos.

Referências

APPLE, Michael W. Ideologia e currículo. Tradução Vinicius Figueira. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.

BOURDIEU, Pierre. A distinção: crítica social do julgamento. Tradução Daniela Kern; Guilherme J. F.

Teixeira. São Paulo: Edusp; Porto Alegre: Zouk, 2007.______. A miséria do mundo. Petrópolis, RJ: Vozes, 2000.

BRASIL. Resolução CNE n. 1, de 15 de maio de 2006. Institui Diretrizes Curriculares Nacionais para

o Curso de Graduação em Pedagogia, licenciatura. Diário Oficial da União, Brasília, DF, 15 maio 2006.

C? A, Georgia Sobreira dos S. As versões do projeto de lei da reforma da educação superior: princípios,

impasses e limites. In: SIQUEIRA, ? ngela C. de; NEVES, Lúcia Maria W. (Org.). Educação superior: uma

reforma em processo. São Paulo: Xamã, 2006.

CHAUÍ, Marilena. Sob o signo do Neoliberalismo. In: Cultura e democracia: o discurso competente e

outras falas. São Paulo: Cortez, 2006.

FREITAS, Helena Costa Lopes de. A reforma do Ensino Superior no campo da formação dos profissionais

da educação Básica: as políticas educacionais e o movimento dos educadores. Educação & Sociedade,

ano XX, n. 68, p. 17-44, dez. 1999.

GATTI, Bernadete. Formação de professores para o ensino fundamental: instituições formadoras e seus currículos.

Relatório final: Pedagogia. São Paulo, 2008. Disponível em:

news/article.php?storyid=708>. Acesso em: 1 nov. 2008.

KUENZER, Acacia Zeneida. As políticas de formação: a construção da identidade do professor sobrante.

Educação & Sociedade, ano XX, n. 68, p. 163-183, dez. 1999.

MARIN, Alda Junqueira; GIOVANNI, Luciana Maria. A precariedade da formação de professores

para os anos iniciais da escolarização: 35 anos depois do início da formalização de novos modelos. In:

BARBOSA, Raquel Lazzari Leite (Org.). Formação de educadores: artes e técnicas ? ciências e políticas.

São Paulo: UNESP, 2006.

NEVES, Lúcia Maria W.; FERNANDES, Romildo Raposo. Política Neoliberal e educação superior.

In: NEVES, Lúcia Maria W. O empresariamento da educação: novos contornos do ensino superior no Brasil

dos anos 1990. São Paulo: Xamã, 2002.

RODRIGUES, José. Os empresários e a educação superior. Campinas, SP, 2007.

SACRISTÁN, J. Gimeno. O currículo: uma reflexão sobre a prática. 3. ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.

SANTOS, Boaventura de Sousa. A universidade no século XXI: para uma reforma democrática e emancipatória

da universidade. 2. ed. São Paulo: Cortez, 2006.

SAVIANI, Dermeval. A nova lei da educação, LDB: trajetória, limites e perspectivas. 10. ed. Campinas, SP:

Autores Associados, 1997.

______. Os desafios da educação pública na sociedade de classes. In: ORSO, Paulino José (Org.). Educação,

sociedade e reformas universitárias. Campinas, SP: Autores Associados, 2007.SGUISSARDI, Valdemar. Reforma universitária no Brasil ? 1995-2006: precária trajetória e incerto

futuro. Educação & Sociedade, n. 96, e. especial, p. 1021-1056, out. 2006.

SILVA, Tomaz Tadeu da. Documentos de identidade: uma introdução às teorias do currículo. Belo Horizonte:

Autêntica, 1999.

TARDIF, Maurice. Os professores enquanto sujeitos do conhecimento: subjetividade, prática, e saberes no

magitério. In: CANDAU, Vera Maria. Didática, currículo e saberes. (Org.). Rio de Janeiro: DP&A, 2000a.

TARDIF, Maurice; RAYMOND, Danielle. Saberes, tempo e aprendizagem do trabalho no magistério.

Educação e Sociedade, n. 73, dez. 2000.

YOUNG, Michael F. D. O currículo do futuro: da ? nova sociologia da educação? ? a uma teoria crítica do

aprendizado. Tradução Roberto Leal Ferreira. Campinas, SP: Papirus, 2000.

Downloads

Publicado

2018-03-23

Edição

Seção

Artigos Científicos